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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Cover de Raul Seixas
Na literatura musical e futebolística, não há registros de que o baiano Raul Seixas tivesse um time de futebol do coração. Natural de Salvador, o cantor, que nasceu em 1945 e morreu em 1989 – um ano depois do Bahia se sagrar campeão brasileiro – gostava mesmo era de fazer música. Em Pernambuco, no entanto, o músico Alexandre Branco Cavalcanti tratou de unir o Maluco Beleza a uma das maiores paixões do brasileiro, o futebol.
Com 51 anos de idade, Alexandre é o cover oficial de Raul Seixas no Norte e Nordeste. Fã do cantor soteropolitano, esse pernambucano da cidade de Garanhuns, distante 235 km do Recife, aventurou-se a imitar o ídolo há 16 anos. O personagem é incorporado 24 horas por dia, nas roupas, na aparência física, no jeito de falar e até no nome. Alexandre Seixas, como se apresenta ao público e à imprensa, não deixa de ser Raul nem quando vai aos Aflitos acompanhar o Náutico, seu time do coração.
- Vou sempre ao campo com minha esposa e meus filhos, pois sou sócio do Náutico. Só não dá para ir quando tem ensaio da banda. No campo, sempre tem gente querendo tirar fotos. Algumas pessoas ficam olhando e vendo a semelhança com Raul. Outros chegam perto e me dizem que pareço com ele e eu respondo ‘Adivinhou certo. Agora pode jogar na loteria que você vai acertar’ – diverte-se o Seixas cover.
Por conta das obrigações profissionais, o músico não viu in loco a goleada do Náutico em cima do São Paulo nos Aflitos por 3 a 0 na última rodada. O duelo contra o Bahia, um dos mais tradicionais times da cidade onde nasceu seu ídolo maior, também estará fora das vistas de Raul Seixas, ou melhor, de Alexandre. Quando o Timbu entrar em campo, ele estará dedicando-se a outra de suas paixões.
- No dia do jogo, estarei fazendo um show com a banda. Mas estou confiante na vitória.
Alexandre começou a torcer pelo Náutico ainda criança, em Garanhuns. O amor pelo Timbu só fez aumentar depois que foi morar no Recife, há quase 30 anos. Já a paixão pelas músicas de Raul Seixas teve início na adolescência.
- Comecei a gostar do Náutico por conta de um tio, que morava lá em casa. Esse mesmo tio me influenciou a gostar de Raul. Ele comprava os discos e eu ficava ouvindo em casa a partir dos meus 12 anos. Ele comprava discos de Tim Maia, Jorge Ben e Raul Seixas e a música que “bateu” mesmo foi a de Raul.
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