Aquele pica-pau da TV, azul e com topete vermelho, certamente você conhece. Mas já ouviu falar do pica-pau-do-parnaíba? Ele não é tão conhecido, mas está bastante ameaçado. Para você ter uma ideia, os pesquisadores ficaram 80 anos sem ver nenhum animal desta espécie.
Com o nome científico de Celeus obrieni, a ave foi descoberta em 1926, em Uruçuí, no sul do Piauí, na região do rio Parnaíba. Ela não foi mais vista depois deste primeiro registro e até chegaram a pensar que estaria extinta. Até que um grupo de pesquisadores “redescobriu” o animal em 2006, em Goiatins, nordeste do estado do Tocantins.
Nativa do Cerrado, a espécie ainda foi encontrada nos estados de Goiás, Mato Grosso e Maranhão. Desde 2007, uma equipe de pesquisadores desenvolve um estudo sobre o pica-pau-do-parnaíba para descobrir seus hábitos e preferências, além de visitar as áreas onde o animal foi visto. Tudo isso é para conhecer melhor a ave e saber como protegê-la, já que ela está muito ameaçada de extinção.
A ave já foi vista no Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão
Ela come formigas que vivem dentro de uma espécie de bambu do Cerrado
A pesquisa é realizada pela Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Renato Torres Pinheiro, responsável técnico pelo projeto, diz que ainda não é possível determinar o tamanho real da população do pica-pau-do-parnaíba no Brasil, mas sabe-se que é pequena.
“Estima-se que haja entre três e seis mil indivíduos da espécie, sendo que as maiores populações estão no estado do Tocantins, onde ainda se encontram as maiores extensões de Cerrado preservado”, explica Pinheiro.
O pica-pau-do-parnaíba alimenta-se quase que exclusivamente de formigas que vivem dentro das hastes da Guadua paniculata, uma espécie de bambu característica do Cerrado. “Apesar de ingerir mais de 20 espécies de formigas diferentes, ele seleciona apenas duas, que compõem 80% de sua dieta”, conta Pinheiro.
O pesquisador também diz que o fato do animal comer um tipo específico de alimento o coloca em risco ainda maior de extinção. “Em Goiás, por exemplo, a situação da espécie é bastante crítica, uma vez que mais de 65% da cobertura vegetal de Cerrado foi destruída no estado”.
A própria espécie contribui com a conservação do meio ambiente. Como a ave se alimenta exclusivamente de formigas, os cientistas acreditam que ela tem uma relação ecológica importante com este grupo, seja alimentando-se e controlando algumas espécies, seja furando as hastes de bambu e permitindo que outras espécies façam uso deste recurso.
No início do ano, a equipe do projeto viu o animal, pela primeira vez, em uma área protegida. A ave foi identificada em uma reserva particular do município de Minaçu, na região norte de Goiás. Em janeiro, os pesquisadores também iniciaram a procura de indivíduos da espécie para captura e marcação com radiotransmissores. Está prevista a marcação de cinco aves, para a identificação de hábitos de vida que ainda não foram registrados.
Fonte: http://criancas.uol.com.br
A pesquisa é realizada pela Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Renato Torres Pinheiro, responsável técnico pelo projeto, diz que ainda não é possível determinar o tamanho real da população do pica-pau-do-parnaíba no Brasil, mas sabe-se que é pequena.
“Estima-se que haja entre três e seis mil indivíduos da espécie, sendo que as maiores populações estão no estado do Tocantins, onde ainda se encontram as maiores extensões de Cerrado preservado”, explica Pinheiro.
O pica-pau-do-parnaíba alimenta-se quase que exclusivamente de formigas que vivem dentro das hastes da Guadua paniculata, uma espécie de bambu característica do Cerrado. “Apesar de ingerir mais de 20 espécies de formigas diferentes, ele seleciona apenas duas, que compõem 80% de sua dieta”, conta Pinheiro.
O pesquisador também diz que o fato do animal comer um tipo específico de alimento o coloca em risco ainda maior de extinção. “Em Goiás, por exemplo, a situação da espécie é bastante crítica, uma vez que mais de 65% da cobertura vegetal de Cerrado foi destruída no estado”.
A própria espécie contribui com a conservação do meio ambiente. Como a ave se alimenta exclusivamente de formigas, os cientistas acreditam que ela tem uma relação ecológica importante com este grupo, seja alimentando-se e controlando algumas espécies, seja furando as hastes de bambu e permitindo que outras espécies façam uso deste recurso.
No início do ano, a equipe do projeto viu o animal, pela primeira vez, em uma área protegida. A ave foi identificada em uma reserva particular do município de Minaçu, na região norte de Goiás. Em janeiro, os pesquisadores também iniciaram a procura de indivíduos da espécie para captura e marcação com radiotransmissores. Está prevista a marcação de cinco aves, para a identificação de hábitos de vida que ainda não foram registrados.
Fonte: http://criancas.uol.com.br
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